Até 2021, o turismo espacial apenas era possível para astronautas devidamente capacitados. No entanto, nos últimos anos este tipo de turismo tem ganho cada vez mais adeptos, sobretudo por parte de segmentos com maior poder de compra.
O que é o turismo espacial?
Considerado um fenómeno recente, o turismo espacial consiste em viagens espaciais – na atmosfera da Terra – realizadas com o propósito de lazer. Porém, este tipo de experiência não está ao alcance de qualquer pessoa. O custo associado à viagem pode ser desde logo um entrave, uma vez que o valor pode exceder os milhões de dólares.
Além do custo, o turista espacial é submetido a uma série de testes físicos e médicos a fim de comprovar a sua aptidão, assim como um treino intensivo que simula as condições de adaptação à microgravidade encontrada nas naves espaciais em órbita.
A sensação de poder contemplar a terra desde o espaço, numa perspetiva exclusiva, a própria experiência em si, única e memorável, e o facto de poder dizer “eu já estive no espaço”, são os principais atrativos deste conceito de turismo, na opinião de quem o pratica.
Turista espacial
Foi em 1961 que o astronauta soviético Yuri Gagarin passou a ser o primeiro humano a orbitar a Terra numa viagem de 108 minutos. Depois de Yuri Gagarin vieram outros, incluindo Neil Armstrong e Buzz Aldrin, com a chegada do homem à Lua, em 1969. Ainda que nenhuma destas viagens tivesse qualquer objetivo turístico, apenas científico, entende-se que poderá ter estimulado e reforçado o conceito de turismo espacial.
Em 2001, Dennis Tito foi considerado o primeiro turista espacial, numa viagem de 10 dias, que o levou até à Estação Espacial Internacional. Além de Dennis Tito, Mark Shuttleworth, Charles Simonyi e Guy Laliberté, entre outros, foram também personalidades que tiveram oportunidade de experimentar e vivenciar esta experiência do turismo espacial. Em 2021, a Blue Origin, fundada por Jeff Bezos, pôs em órbita o foguetão New Shepard, levando quatro tripulantes ao espaço, incluindo o próprio Jeff Bezos e o seu irmão Mark Bezos. Já em 2022, a mesma empresa proporcionou mais uma experiência marcante a seis personalidades, incluindo Mário Ferreira, que se tornou o primeiro português a viajar no espaço.
O futuro do turismo espacial
Mesmo que o turismo espacial se tenha tornado uma realidade, e que seja um marco relevante no séc. XXI para o setor do turismo, ainda é um conceito inicial e em evolução.
É provável que este tipo de viagens continue a desenvolver-se, considerando a tendência de crescimento da procura, e também da oferta que as empresas de voos espaciais concedem. Porém, é importante realçar que este tipo de viagem ao espaço permanecerá dispendiosa – um fator preponderante no momento da decisão.
Por outro lado, o peso da questão ambiental, poderá condicionar o futuro deste segmento. A alternativa para viabilizar estas viagens poderia passar pelo uso de hidrogénio como combustível, mas a solução ainda colide com os custos de produção e armazenamento do gás.
A WTM Londres 2022 (7 – 9 Nov) vai apresentar uma palestra sobre o tema, explorando o potencial desta realidade para o setor do turismo. A sessão será conduzida pelo presidente da UKspace, Will Whitehorn, e pelo fundador do Virgin Group, Richard Branson.
Curiosidades relativas ao turismo especial em 2021
- A Virgin Galactic, empresa fundada por Richard Branson, levou seis civis ao espaço num voo suborbital com piloto. A missão que ficou conhecida como Unity 22 teve a duração de 90 minutos.
- A Blue Origin, empresa fundada por Jeff Bezos (proprietário da Amazon), levou a 20 de julho de 2021, através da missão NS-16, quatro pessoas ao espaço, incluído o próprio Jeff Bezos, num voo suborbital autónomo que durou 10 minutos.
- A SpaceX, empresa fundada por Elon Musk, transportou quatro personalidades ao espaço num voo orbital que durou três dias. A missão, conhecida, como Inspiration4 foi a primeira a alcançar a órbita da Terra sem qualquer astronauta a bordo.
- Uma das propostas mais recentes neste domínio é a cápsula Spaceship Netpune, da empresa Space Perspective, que, em vez de potentes propulsores, usa um balão para entrar em órbita e é movida a hidrogénio verde, não emitindo CO2. Espera-se que os voos possam ter início no final de 2024.
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