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O desastre nuclear de Chernobyl deu-se a 26 de abril de 1986 e os dados oficiais da União Soviética, inalterados desde 1987, apontam para 31 mortes causadas diretamente. No entanto, os efeitos da exposição radioativa fragilizaram centenas milhares de pessoas ao longo dos anos, sendo a sua principal causa de morte.

De forma a compreender o fenómeno desta nova “atração turística” importa focar que até 2010, a cidade de Chernobyl encontrava-se interdita a visitas, pelo elevado risco de contaminação por radiação. Após 2010, as autoridades ucranianas começaram a permitir visitas, pela diminuição considerável do risco de exposição à radiação. Com este anúncio surgiram as primeiras viagens organizadas por operadores turísticos. Em média, o preço por pessoa de uma excursão com saída de Kiev é de 100 euros e a procura turística tem vindo a aumentar consideravelmente nos últimos anos.

No ano de 2018 Chernobyl recebeu 67 mil turistas

Embora as previsões dos operadores turísticos apontassem para um crescimento até 80 mil visitantes na região, em 2019, a minissérie da HBO veio melhorar, muito consideravelmente, estas previsões.

No início de junho 2019, apenas com quatro episódios lançados, os operadores turísticos ucranianos do Tour de Chernobyl já apontavam para um crescimento de 40% na procura de viagens, face a maio de 2018.

Os dados apontam, assim, para um crescimento muito superior às previsões iniciais, prova de que cinema e televisão são meios de promoção e divulgação eficazes para os destinos turísticos, conclusão que já apresentamos no artigo sobre a Guerra dos Tronos.

A série Chernobyl teve, ainda, a curiosidade de provar, uma vez mais, que o enredo e o storytelling, muito frequentemente se sobrepõem ao cenário real que o espetador está a assistir.

Embora a história da série retrate os eventos do desastre nuclear de Chernobyl, e faça sempre referência à cidade, a série foi gravada a 120km de Chernobyl – em Vilnius e na central nuclear de Ignalia, na Lituânia.

Este fenómeno é denominado, na teoria, como a recriação de cenários induzidos off-location, onde o espetador assiste a toda a história, não percecionando o cenário como outro que não o que as personagens estão a “viver” naquele momento.

 


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