A realização de um grande evento é uma oportunidade única para o país anfitrião tendo inegáveis impactos positivos, contribuindo para a atração de turistas e visitantes, estimulando a economia e melhorando a vida social e cultural da região onde decorre.
No entanto há muitos casos na história que comprovam que a realização de um grande evento desportivo nem sempre traz benefícios aos destinos.
Impactos negativos
Os grandes eventos, sobretudo os desportivos, tais como Jogos Olímpicos e Mundiais de Futebol, implicam grandes investimentos por parte dos países anfitriões nos anos que antecedem o evento. O investimento incide na hotelaria, com o aumento do número de camas em hotéis, na restauração, na segurança, na manutenção e/ou construção de infraestruturas e noutros serviços de apoio aos visitantes.
Os custos excessivos de manutenção levam a que, muitas as vezes, as infraestruturas criadas não sejam rentabilizadas após evento.
Foi o que aconteceu com a Grécia, com a organização dos Jogos Olímpicos de Atenas em 2004, em que foram investidos 9 mil milhões de euros. 12 anos depois as piscinas e o parque da aldeia olímpica estão abandonados, as infraestruturas ligadas à canoagem e o campo construído para o vólei de praia estão completamente destruídos, assim como o pavilhão de taekwondo.
O aumento do número de turistas e visitantes no país que acolhe o evento é um aspecto importante, no entanto, enquanto alguns turistas são atraídos pelo evento, outros que visitam a cidade regularmente podem deixar de o fazer quando o evento ocorre devido à inflação de preços, preocupações com a segurança, dificuldades em termos de alojamento e transporte, congestionamentos de tráfego, multidões, encerramento de ruas e vandalismo são alguns dos aspectos que podem desmotivar os turistas a visitar um destino onde decorre determinado evento.
Em 2012 durante os Jogos Olímpicos em Londres, o Presidente da Câmara, lançou uma campanha apelando aos ingleses que evitassem o centro durante os jogos, de forma a não congestionar o tráfego, impedindo os atletas de chegar às competições, como tinha acontecido nos Jogos de 1996 em Atlanta. O resultado foi a transformação da zona central numa cidade “fantasma”. Restaurantes e teatros vazios e poucas pessoas na rua, aspetos que contribuíram para uma acentuada queda nas vendas. O número de visitantes à Torre de Londres registou uma quebra de 56% no número de visitas.
No caso específico dos Jogos Olímpicos, muitos destinos não conseguiram planear nem inserir os edifícios e infraestruturas na restante estrutura da cidade, tornando-se desta forma em zonas abandonadas. No entanto, existem também casos de sucesso como é o caso de Los Angeles, Barcelona, Seul, Sydney e Atlanta.
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